segunda-feira, 25 de maio de 2009

Energia solar pode se popularizar em desertos em 2050, diz estudo

Relatório com coautoria do Greenpeace faz previsão otimista da tecnologia.Devido a custo e problemas tecnológicos, usinas solares são muito raras.

O estudo, feito pelo grupo ambiental Greenpeace, pela Associação Europeia de Eletricidade Termo-Solar (Estela, na sigla em inglês) e pelo grupo SolarPACES da Agência Internacional de Energia (AIE), afirma que investimentos enormes também criarão empregos e combaterão a mudança climática. "As usinas de energia solar são o próximo avanço em energia renovável", disse Sven Teske, do Greenpeace International e co-autor do relatório. A tecnologia é apropriada para regiões quentes e sem nuvens, como o Saara ou o Oriente Médio.

O documento informa que investimentos em usinas de concentração de energia solar devem exceder 2 bilhões de euros (2,8 bilhões de dólares) no mundo inteiro neste ano, com as maiores instalações em construção no sul da Espanha e na Califórnia. "A concentração de energia solar pode atender até 7% das necessidades de energia do mundo projetadas em 2030 e um quarto até 2050", no cenário mais otimista informado no relatório.

Investimentos A previsão se baseia em um forte aumento nos investimentos, sendo 21 bilhões de euros por ano até 2015 e 174 bilhões de euros por ano até 2050, criando centenas de milhares de empregos. Sob esse cenário, as usinas solares terão uma capacidade instalada de 1.500 gigawatts até 2050.

A estimativa é de longe muito mais otimista que as projeções usuais da AIE, que assessora nações desenvolvidas. A agência indica que "em 2050 a penetração da energia solar não será maior que 0,2 por cento no mundo", cita o relatório.

A tecnologia de concentração de energia solar emprega centenas de espelhos ou lentes para reunir os raios solares a temperaturas entre 400 e 1.000 graus Celsius, fornecendo energia para movimentar uma usina geradora de eletricidade. O relatório afirma que o custo de geração varia de 0,15 a 0,23 euro por quilowatt/hora, acima do custo de combustíveis fósseis e de muitas fontes renováveis, e que poderão cair para entre 0,10 e 0,14 euro em 2020.

No final de 2008, as instalações de concentração de energia no mundo tinham capacidade de apenas 430 megawatts.

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